Percursos de investigação e inovação científica no Dia Aberto do MARE-UÉvora

O MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente promoveu no dia 13 de abril, no Palácio de D. Manuel, em Évora, o “Dia Aberto do MARE – Universidade de Évora”, onde estudantes e investigadores do centro deram a conhecer os seus percursos de investigação e inovação científica e os trabalhos de investigação fundamental e aplicada que têm vindo a desenvolver nas suas carreiras no âmbito das ciências aquáticas.

“Dedicamos o dia de hoje à unidade de investigação regional MARE-UÉvora, sediada na Herdade Experimental da Mitra, onde um conjunto alargado de grupos de investigação especializados trabalha no âmbito de dois grandes domínios, bacias hidrográficas e sistemas costeiros e oceano, organizados em quatro grupos de investigação:  Invasões biológicas/ Biologia, conservação e gestão de espécies piscícolas/ Sistema bentónicos: avaliação funcional e de diversidade / Ecologia e conservação de recifes temperados”, começou por apresentar Helena Adão, coordenadora do MARE-UÉvora e docente do Departamento de Biologia da UÉ. “Apesar de o MARE se dividir em sete unidades regionais de investigação com funcionamento autónomo, com órgãos dirigentes próprios e autonomia financeira, estas trabalham em rede, e também em conjunto com as estações marinhas do MARE, como é exemplo o Laboratório de Ciências do Mar (CIEMAR), e em parceria com vários centros de investigação da Universidade de Évora”, concluiu.

Observa-se, no Alentejo, uma aposta na investigação científica ligada ao mar, aos rios e aos restantes ecossistemas aquáticos, domínio que se encontra a ser explorado pelos vários grupos de investigação do MARE-UÉvora, como é exemplo o trabalho que Carlos M. Alexandre, investigador do MARE-UÉvora, tem desenvolvido em torno das espécies salmonícolas. Está envolvido também, desde 2015, na CoastNet – Rede Portuguesa de Monitorização Costeira, que possibilita a monitorização de alguns dos mais importantes ecossistemas costeiros portugueses, através da recolha de parâmetros físicos, químicos e biológicos, obtidos remotamente e disponibilizados em tempo real. Através do projeto LIFE+ INVASAQUA, financiado pela União Europeia, Pedro Brandão é um dos estudantes que desenvolve o seu trabalho científico e tecnológico enquanto colaborador do MARE, onde tem procurado contribuir para aumentar a literacia ambiental, através da transferência de conhecimento e da sensibilização sobre as espécies exóticas invasoras na Península Ibérica.

O MARE, unidade de I&D classificada como Excelente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que apresenta uma ampla implantação territorial, divide-se em sete Unidades Regionais de Investigação (URI), distribuídas por todo o território nacional continental e na região autónoma da Madeira. Na URI sediada na Universidade de Évora, encontram-se atualmente 45 investigadores que desenvolvem a sua diversificada atividade científica a nível nacional, com particular incidência na região do Alentejo, fruto da localização geográfica desta unidade e do elevado interesse e potencialidade em termos de recursos aquáticos marinhos e dulciaquícolas desta região.

Recorde-se que o Palácio D. Manuel acolhe até dia 7 de julho uma exposição que mostra a diversidade artística dos estudantes da Licenciatura em Artes Plástica e Multimédia da Universidade de Évora.

 

Publicado em 17.04.2023
Fonte: GabCom | UÉ