História
O ensino da Biologia num contexto de formação superior em Évora remonta a 1975, ano em que se iniciou o curso de Produção Animal, um dos primeiros a ser lançados pelo Instituto Universitário de Évora, criado em 1973 por decreto do então ministro da Educação, José Veiga Simão.
Em 1978 o ensino da Biologia no Instituto Universitário adquiriu outra expressão com a criação da Licenciatura em Ensino de Biologia e Geologia (decreto-regulamentar nº 38/78). Este curso tinha a duração de cinco anos, sendo o último preenchido por um estágio, que decorria num estabelecimento de ensino oficial dos ensinos básico (2º e 3º ciclos) e secundário. O currículo do curso foi elaborado num modelo integrado de modo a combinar as vertentes científica e educacional, habilitando os alunos para o exercício da profissão de docente nos ensinos básico e secundário.
No ano seguinte, o Instituto Universitário viria a dar lugar à Universidade de Évora, através do Decreto-Lei nº 482/79 de 14 de Dezembro. Desta forma, 420 anos após a sua fundação pelo Cardeal D. Henrique (confirmada pela bula do Papa Paulo IV Cum a nobis de Abril de 1559) e 220 depois do seu encerramento (mas não extinção) por ordem do Marquês de Pombal, a cidade de Évora volta a ter a sua universidade.
A Universidade de Évora destacava-se das restantes academias nacionais por apresentar uma estrutura diferente: uma organização baseada em departamentos munidos de meios humanos e materiais que lhes permitiam desenvolver com relativa autonomia actividades científico-pedagógicas nos domínios da investigação, ensino e extensão. Embora muita coisa tenha mudado nas universidades portuguesas nas últimas décadas, a importância histórica e funcional dos departamentos permanece na Universidade Évora.
O Departamento de Biologia (DBIO) foi criado em Junho de 1980. Nos primeiros anos da sua existência assegurou a leccionação de cadeiras estruturantes em ciências biológicas ministradas a diversas formações da Universidade de Évora, com um destaque natural para a Licenciatura em Ensino de Biologia e Geologia. Ao longo das décadas de 80 e 90, o DBIO consolidou a sua posição da Instituição através do recrutamento de diversos docentes, procurando dar resposta às exigências de uma formação e investigação sólidas em distintas áreas da Biologia. Naqueles anos o DBIO encontrava-se organizado nas secções de Botânica, Microbiologia e Genética, e Zoologia, tendo esse modelo organizacional permanecido durante vários anos.
Na actualidade, o DBIO desenvolve as suas actividades no âmbito de Biologia Ambiental, Biologia Animal, Biologia da Conservação, Biologia Humana, Biologia Marinha, Biologia Molecular, Biologia Vegetal e Microbiologia. Os seus docentes e investigadores lideram e participam em projectos nacionais e internacionais, integrando e promovendo redes de investigação.
Através do Gabinete de apoio à Mobilidade o DBIO fomenta a mobilidade para estágios e formação de estudantes, docentes, investigadores e funcionários, graças a vários consórcios e programas nacionais e internacionais, com destaque para o Erasmus+.
Ofertas formativas coordenadas pelo DBIO ao longo da sua história
Na década de 80 foi criado o Doutoramento em Biologia, posteriormente adequado em 2010 com criação do Curso de Doutoramento em Biologia.
1993 – Criação da Licenciatura em Biologia, adequada em 2008 ao Processo de Bolonha.
1994 – Criação do Mestrado em Gestão dos Recursos Biológicos (cessou em 2003).
2003 – Criação do Mestrado em Biologia da Conservação, adequado em 2008 ao Processo de Bolonha.
2004 – Criação do Mestrado em Biologia e Ecologia do Litoral Marinho (cessou em 2006).
2009 – Criação da Licenciatura em Biologia Humana.
Mestrados em Associação com outras Universidades:
2007 – Mestrado em Gestão e Conservação de Recursos Naturais, com o ISA-UL.
2008 – EUMAINE- European Master of Science in Nematology. Mestrado Erasmus-Mundus com várias Universidades Europeias (cessou em 2012).
2011 – Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais, com a UNL/FCT e U. Aveiro (no âmbito da Rede de Estudos Ambientais de Países de Língua Portuguesa).