O Mestrado em Biologia da Conservação na Mata da Margaraça

À descoberta da Mata da Margaraça, por alunos do Mestrado de Biologia da Conservação.

Foram recentemente noticiados, em vários meios de comunicação social, os resultados de quatro estudos realizados na Mata da Margaraça por alunos do Mestrado em Biologia da Conservação da Universidade de Évora: Bruno Natário em fungos, João Alves em plantas, Mário Ruivo em aves e Francisco Barreto em répteis.

A Mata da Margaraça é uma das poucas áreas de floresta primitiva que ainda restam em Portugal, nomeadamente do que seria da vegetação atlântica do Centro, e alberga espécies únicas ou raras no País. Faz parte da Paisagem Protegida da Serra do Açor, concelho de Arganil, freguesia de Benfeita, sob gestão do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Esteve classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa, e atualmente faz parte do Complexo do Açor da Rede Natura 2000. É um reduto extremamente valioso do nosso património natural, e a dimensão do impacto do incêndio de outubro de 2017 tem constituído um motivo de preocupação.

Sem surpresa, os resultados destes estudos dos agora Mestres em Biologia da Conservação evidenciam a singularidade da Mata da Margaraça, confirmando também a sua resiliência, característica dum sistema climácico. Mas é de particular relevo o dos fungos, cuja tese foi discutida em janeiro deste ano, pelo facto de se somarem 74 registos de espécies novas para Portugal, encorajando a que se continue a recuperar o atraso do nosso país nesta área científica.

Página do Mestrado em Biologia da Conservação

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Departamento de Biologia

Publicado em 19.02.2020